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96. investigar o esquema de divulgação paga do Facebook

Eu acabei de colocar um novo site no ar, e é impressionante como o Facebook acaba sendo uma ferramenta útil para encontrar pessoas que possam se interessar pelo conteúdo dele.

 

Semana passada resolvi pagar 20 reais para o Facebook divulgar um texto que eu postei. Segundo o Facebook, por esse valor o post iria atingir, durante um dia, de 2 mil a 12 mil pessoas.

 

Na hora de pagar eu pude escolher entre divulgar para pessoas que já curtiram o site ou para novas pessoas, e eu escolhi novas pessoas, primeiro porque a página do site só tem 100 curtidas e também porque o principal motivo dessa propaganda paga seria atingir pessoas imprevisíveis, fora do meu círculo de amizades, mas que pudessem se interessar pelo conteúdo do post.

 

Eu tentei escolher tags para direcionar um pouco a propaganda para pessoas que tivessem mais a ver, tentei escrever “inteligência artificial”, ou “tecnologia”, ou “singularidade”, mas o Facebook não aceitou nenhuma dessas tags, e tive que me contentar com “on-line” e “internet”.
Durante o dia que o post pago foi vinculado, várias curtidas começaram a chegar. O post passou de 54 a 158 curtidas, mas curiosamente, as estatísticas do site continuavam iguais.

 

As pessoas estavam curtindo o post mas não estavam clicando ou entrando no site.

 

Primeiro entrei nos perfis das pessoas, e sinceramente, em geral elas não pareciam nem um pouco interessadas em inteligência artificial ou qualquer um dos assuntos do texto. Vi muitas frases inspiracionais, imagens de Jesus, de bebês e outros assuntos que vão exatamente contra o conteúdo do texto.

 

Por que elas estavam curtindo o post?

 

Adicionei randomicamente mais de 20 pessoas, dessas, três aceitaram meu convite, e então perguntei porque, afinal, elas tinham curtido o post.

noosfera01

 

NOOSFERA02

 

noosfera03



Parece que o Facebook, com seus ~algoritmos apuradíssimos~, ao invés de achar pessoas que de fato possam gostar do conteúdo do post, prefere mandar o post pago para pessoas que curtem muitas coisas, qualquer coisa, para ter certeza que o número final de likes vai ser enorme. Mesmo que elas não tenham a menor ideia do que estão fazendo. (Y)

3 Comentários

  1. juliano julot disse:

    volta e meia recebo anuncios pra produtos que combatem a calvice, mas, como eles sabem que ando meio calvo? nem se quer pesquiso sobre o assunto no google.

  2. Thiago disse:

    Não confundamos dados com informações.
    O Facebook sabe que vemos muitas coisas mas não tem como discernir acesso de interesse. Eles fazem o que podem com a informação que tem porque querem ser maiores que o Google, mas ainda assim, sempre é um tiro no escuro dizer “vou botar esse link aqui porque esse carinha clicou em um link que tinha um tag parecido ou das 500 palavras que estavam no texto, 370 eram iguais”.
    Por isso o crescimento orgânico das páginas sempre é melhor, no que diz respeito á saúde final da sua página, já que o compartilhamento por parte de pessoas que realmente se interessam vai, por consequência, ser provavelmente consumido por pessoas que compartilham as mesmas preferências.
    Aliás, nem sei como cheguei nesse blog.

    boa sorte! 🙂

  3. […] Mas, ó, dica de texto legal, quem gosta de ler, se interessa por aquela Rede Social que tenho ojeriza, o Facebook e, ainda, seu esquema de ~divulgação~ – clique aqui! […]

  4. Gustavo disse:

    Impressionante. Também já fiz o mesmo para minha página no facebook. Na época o número de pessoas curtindo a minha página aumentou vertiginosamente, mas não adiantou, porquê a participação das pessoas não tinha aumentado. Então muitos dos perfis que curtiam minha página eram de pessoas assim, que curtem tudo o que vem, mesmo sem interesse nenhum. Uma apatia meio zumbificada.

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