Semana passada, para ser aceita como colunista de um site, tive que escrever um texto sobre algum dos temas sugeridos, escolhi “As mulheres de Chico Buarque” especialmente porque não achei, entre os milhares de textos sobre esse assunto na internet, algum que concordasse com a minha opinião. E também porque era o assunto mais improvável da lista. Descobri que “Chico Buarque” estava amplamente associado a compreensão da “alma feminina”. Aí adotei o título “sou mulher e Chico Buarque não me compreende”, escutei todas as músicas do Chico em ordem cronológica e fui anotando o que achava interessante durante o processo.
Depois do texto publicado comecei a receber infinitos comentários. Jamais imaginei que pessoas se importassem tanto assim com esse assunto.
Muitos dos leitores estavam extremamente revoltados, como se eu estivesse apunhalando o Chico pelas costas, como se o meu texto fosse uma ofensa pessoal a todas as pessoas que gostam das músicas dele, como se só houvesse uma forma correta de perceber a arte, e não era a minha.
Então eu quis entender melhor da onde vinha tanta energia, e para isso cataloguei todos os comentários e compartilhamentos que tive acesso do dia 11 ao dia 19 de setembro – 599 comentários no total – uma pequena parcela dos 12 mil compartilhamentos até então, mas que serviria de amostra.
No twitter em geral as pessoas gostaram do texto. No facebook as opiniões estão divididas, mas a discussão é interessante, se desenvolve mais. Na página do texto as opiniões em geral se repetem, e a grande maioria das pessoas não gostou.
Constatei também o que já parecia óbvio: as pessoas se sentem mais corretas se embasadas pela maioria. Quanto mais gente reclamando do texto, mais gente aparecia, e aí não tinham nem vontade de explicar seus argumentos, e ficavam cada vez mais agressivos e rasos.
Me chocou o fato de que o segundo principal motivo de rejeição do texto é simplesmente ser considerado feminista. Vi muitas vezes essa palavra sendo usada com desqualificadora de qualquer que seja o argumento.
Meu comentário preferido é esse :
que ótimo tudo por aqui, carol! curti muito e não tenho sugestões porque tô achando tudo ótimo mesmo, e inovador, também.
um beijo :*
Faltou disponibilizar um RSS do site. No mais, show de bola.
oi, franque. obrigada pela dica. coloquei um rss, nunca usei rss, é assim mesmo? funcionou?
Eu acho que você deveria, no auge da sua perversidade à la Amélie Poulain, manter contato comigo: anônimo, assim como você, anônima, para que possamos desenvolver diálogos privados de qualquer tipo de timidez e constrangimento. O que você acha? Poderíamos ser grandes amigos.
eu já não seria anônima, né.
Eu fingiria que vc é.
Adorei!
Admiro muito tua criatividade e iniciativa!
Sugestão:
Deixar recados para os vizinhos.
Adorei o blog e a referência à música CINEMA OLYMPIA. Parabéns!
genial, carol!!
Acho que em apaixonei por uma pessoa que nunca vi na vida
Cara, adorei seu blog! Resolvi sair perguntando o filme favorito de um monte de gente… e meu aproveitamento foi um pouco melhor que o seu… acho que agora tenho filmes pra ver até o ano que vem =D
Vi muita coisa legal aqui que eu adoraria repetir. Sua espontaneidade é genial! Continua que eu vou te acompanhar sempre.. e já indiquei aqui pra algumas pessoas =))
Ah, também te add no face! espero que me aceite depois!
Beijo!
“Ser eternamente o mesmo é insuportável para os espíritos refinados pela reflexão.”
Desafio, “jogue” um pedacinho de poema para alguma pessoa durante seu dia.
Seu blog me faz querer ser e sentir coisas que há um tempo me desliguei. Descobri suas palavras e imagens faz pouco tempo. Quero engolir tudo.
Tenho uma sugestão: dar cambalhotas em um lugar publico. De preferência um lugar onde as pessoas sejam meio travadas. Um restaurante pequeno burguês talvez. Ou numa fila de banco.
hmm… tres interesant..
Adorei o blog. Descobri que já me autoimpus algumas tarefas similares, só prá experimentar coisas diferentes. Então, que foi de simples execução, reparto contigo: mijar correndo.
Dá uma sensação de liberdade tremenda. 😉