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12. fazer retratos na rua

O cartaz estava claro “desenhos sem preço – pague quanto quiser”. Eu pensei que seria um sucesso total, abrimos nossos estojos, separamos nossas folhas, pedimos um chopp e esperamos. Mas ninguém apareceu. Talvez não tivéssemos muita credibilidade por estarmos sentandos numa mesa de bar, mas mesmo assim, era de graça. A pessoa iria ganhar dois desenhos e pagar quanto quisesse, se quisesse. Só tomaríamos seu tempo, nada mais.

 

Lá pelo fim da tarde, um pouco antes da dona do bar pedir para tirarmos os cartazes, um casal topou fazer.

 

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O meu desenho, o retrato, ficou feio. Isso não é falsa modéstia, eu admito quando faço coisas bonitas (o tatu, por exemplo), o desenho do Filipe ficou legal. eles escolheram não pagar nada, eu compreendo. Pela cara do rapaz se percebe que ele estava querendo seus 15 minutos de vida de volta ou, no mínimo, se sentindo um pouco palhaço. Tudo bem.

Me senti levemente frustrada com essa missão, espero fazer isso outra vez ainda, e então distribuir muitos desenhos. Talvez num domingo no parque.

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