Essa ideia me surgiu ontem. Eu estava com meio pedaço de torta de bolacha na bolsa quando vi uma senhora penteando o cabelo sentada na escadaria de um viaduto. Quis dar minha torta pra ela mas fiquei na dúvida, pente de plástico, falta de pressa, viaduto, bolsa e camisa combinando… as dicas me confundiam. De qualquer modo, quase no mesmo instante tive vontade de dar a torta para alguém que definitivamente não fosse mendigo, de propósito. Qual o problema? As pessoas estão muito recalcadas nessas cidades grandes.
Amadureci a ideia e cheguei a algumas conclusões,
1. Não queria que a pessoa achasse que eu a confundi com um mendigo (por que não? porque os signos são muito fortes, e por mais que ache interessante despertar o questionamento sobre qual o problema de ser confundido com um mendigo, qual é diferença verdadeira, achei, na hora, que dessa forma seria mais inusitado. Que da outra forma a pessoa negaria a oferenda automaticamente como forma de negar que é mendigo.)
2. Não escolher um homem jovem para que ele não pense que se trata de um flerte (eu queria que a pessoa aceitasse a torta, mas assim perderia toda a graça).
Primeiro pensei numa velhinha, muitas vezes idosos não têm pudores, e se fosse uma velha rabugenta ela não pensaria duas vezes antes de me encher de desaforos, o que poderia ser divertido também.
Cheguei a conclusão que a melhor possibilidade seria então uma pessoa falando no celular (não teria muito tempo para pensar, não entenderia nada e aceitaria a torta), fiquei um tempo esperando a pessoa, até que vi uma garota loirinha e bonitinha. Pensei que provavelmente ela não teria passado por muitas situações inesperadas na vida, e, sem saber como agir, aceitaria a torta. Mas eu subestimei a menina:
– Oi, tu aceita meia torta alemã?
– Não quero, obrigada.
E foi assim que com um sorrisinho no rosto e nem um pingo de ódio ou confusão ela negou meus restos.
Ainda assim considero a missão cumprida.
que ótimo tudo por aqui, carol! curti muito e não tenho sugestões porque tô achando tudo ótimo mesmo, e inovador, também.
um beijo :*
Faltou disponibilizar um RSS do site. No mais, show de bola.
oi, franque. obrigada pela dica. coloquei um rss, nunca usei rss, é assim mesmo? funcionou?
Eu acho que você deveria, no auge da sua perversidade à la Amélie Poulain, manter contato comigo: anônimo, assim como você, anônima, para que possamos desenvolver diálogos privados de qualquer tipo de timidez e constrangimento. O que você acha? Poderíamos ser grandes amigos.
eu já não seria anônima, né.
Eu fingiria que vc é.
Adorei!
Admiro muito tua criatividade e iniciativa!
Sugestão:
Deixar recados para os vizinhos.
Adorei o blog e a referência à música CINEMA OLYMPIA. Parabéns!
genial, carol!!
Acho que em apaixonei por uma pessoa que nunca vi na vida
Cara, adorei seu blog! Resolvi sair perguntando o filme favorito de um monte de gente… e meu aproveitamento foi um pouco melhor que o seu… acho que agora tenho filmes pra ver até o ano que vem =D
Vi muita coisa legal aqui que eu adoraria repetir. Sua espontaneidade é genial! Continua que eu vou te acompanhar sempre.. e já indiquei aqui pra algumas pessoas =))
Ah, também te add no face! espero que me aceite depois!
Beijo!
“Ser eternamente o mesmo é insuportável para os espíritos refinados pela reflexão.”
Desafio, “jogue” um pedacinho de poema para alguma pessoa durante seu dia.
Seu blog me faz querer ser e sentir coisas que há um tempo me desliguei. Descobri suas palavras e imagens faz pouco tempo. Quero engolir tudo.
Tenho uma sugestão: dar cambalhotas em um lugar publico. De preferência um lugar onde as pessoas sejam meio travadas. Um restaurante pequeno burguês talvez. Ou numa fila de banco.
hmm… tres interesant..
Adorei o blog. Descobri que já me autoimpus algumas tarefas similares, só prá experimentar coisas diferentes. Então, que foi de simples execução, reparto contigo: mijar correndo.
Dá uma sensação de liberdade tremenda. 😉